Um viajante de 24 anos descobre que os quebequenses não "brilham" e não vivem suas paixões o suficiente.

Aos 24 anos, Jade Driscoll está vivendo sua paixão por viagens ao máximo: a jovem quebequense visitou nada menos que 25 países nos últimos cinco anos.
A mulher que compartilha fotos de suas viagens em suas redes sociais chegou a compartilhar seu estilo de vida quase nômade em uma entrevista no programa de Isabelle Perron, na rádio e TV QUB, transmitido simultaneamente pela 99.5 FM Montreal.
Foi a morte de seu ex- namorado que levou Jade Driscoll a embarcar em uma aventura.
"Isso realmente me fez perceber como a vida é, como ela é curta", diz ela. "Me fez questionar minha dor. Eu me perguntei: se eu morresse amanhã, seria feliz agora? Estou fazendo o que amo na vida? E a resposta foi não."
A jovem então encerrou seus estudos de enfermagem e começou a trabalhar em uma concessionária de automóveis apenas para financiar sua primeira viagem.
Ela então foi para Banff e ficou na Colúmbia Britânica por oito meses.
"Quando voltei, achei incrível. Estabeleci uma missão para mim e então comecei a viajar. Fui para Costa Rica, Peru, Miami, Havaí...", diz Jade Driscoll.
A jovem quebequense diz que fica em média de um a dois meses em cada destino.
"Eu voltava para Quebec, ganhava um pouco de dinheiro e depois ia embora", explica ela.
Trabalhar para viajarA viajante ávida ganha uma renda extra como assistente virtual, um trabalho que lhe permite ganhar algum dinheiro mesmo estando do outro lado do mundo.
De resto, o custo de vida é menor do que em Quebec em muitos países e Jade Driscoll aprendeu a administrar seu orçamento, mas também a viver a crédito, para depois retornar a Quebec para pagar suas dívidas e reabastecer os cofres para recomeçar melhor.
Ela frequentemente recorre a empregos em restaurantes para ganhar dinheiro rápido e financiar sua próxima viagem.
“Um mês para pagar, um mês para sair com dinheiro e então eu ia embora de novo”, explica Jade.
"O lado financeiro é definitivamente estressante [...] Acho que levei um tempo para controlar minha ansiedade em relação a isso. Em uma das minhas primeiras viagens, para o Havaí, voltei e fiquei sem dinheiro. Tive que ligar para minha mãe para que ela me transferisse dinheiro para que eu pudesse pagar a passagem de volta", acrescenta.
Hoje, ela diz que se sente muito mais à vontade para acumular milhares de dólares em dívidas enquanto viaja.
"O dinheiro retorna. E quando você vive com paixão e tem um objetivo, você o alcança", insiste a jovem de 24 anos.
Os quebequenses não são "efervescentes"Viajar tanto fez Jade Driscoll perceber o que ela menos gostava em Quebec.
"Não acho as pessoas brilhantes. Não costumo conviver com as pessoas certas, mas acho que as pessoas em Quebec às vezes sentem um pouco de pena de si mesmas. Acho que as pessoas não sentem paixão suficiente", afirma ela.
Ela lamenta que muitas pessoas se definam por seus empregos e não por suas ocupações, hobbies e paixões.
Para ver a entrevista completa, assista ao vídeo acima.
LE Journal de Montreal